Quando o Fogo Se Alastra
Quando a mãe terminou sua oração, antes que se levantassem, Elias, com a voz embargada, ainda com os olhinhos fechados, falou: “Papai do Céu, apaga esse fogo pra meu pai não ser preso”. Foram poucas palavras; mas não havia muito a dizer. Quando eles se levantaram, algo havia acontecido: O fogo, que momentos antes estava se alastrando furiosamente, havia se apagado e apenas uma grande nuvem de fumaça subia de todo aquele lugar que antes estava em chamas. Nesse mesmo momento o pai com os dois filhos mais velhos chegaram à fazenda onde, quase sem fôlego, pediram ajuda aos homens que lá estavam. Explicaram a situação e pediram que todos fossem com eles para tentarem conter o incêndio, pois todo o mato estava completamente seco e o vento estava levando as chamas na direção das casas. Todos ficaram apreensivos por um momento, mas logo em seguida notaram que não havia fogo no local apontado, mas apenas fumaça. O pai de Elias não podia aceitar isso e falou que eles viram perfeitamente um grande incêndio se formando do local onde estavam e sugeriu que deveria ser por causa de o terreno ser mais baixo onde estavam agora que não dava pra ver o fogo, insistindo para que fossem lá, pois não havia como aquele fogo se apagar naquele mato seco num dia de sol forte e com vento. Com relutância, apenas para se livrarem da insistência, alguns homens acompanharam os três até o local do fogo e qual não foi a surpresa deles ao verem que havia uma grande área queimada, mas o fogo havia chegado até um certo ponto e se apagado, ficando apenas a divisa entre o mato queimado e o mato seco sem queimar. Ninguém entendeu nada. Passado o susto, pai e filhos voltaram para a perua, onde ficaram sabendo do que havia acontecido e das palavras da oração simples e aflita do menino: “Papai do Céu, apaga esse incêndio pra meu pai não ir preso”. Enquanto os adultos não tinham motivos para ter certeza de que poderiam ter sua oração ouvida, um garotinho, em sua simplicidade e inocência, alcançou com suas palavras os ouvidos do Altíssimo e o braço da Onipotência. “E ouviu DEUS a voz do menino” (Gênesis 21:17 - ACF). Essa é uma frase curta, simples, bela e repleta de significado e de esperança para quem necessita do socorro do Céu. “Ele atenderá à oração do desamparado, e não desprezará a sua oração” (Salmo 102:17 - ACF). Os que não acreditam nisto ficam no prejuízo, enquanto milhões de pessoas comprovam que o socorro existe e pode ser alcançado. “Portanto, eu lhes digo: tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá” (Marcos 11:24 - NVI). Ellen G. White, uma respeitada escritora norte-americana, escreveu há várias décadas atrás: “A oração é a chave nas mãos da fé para abrir o celeiro do Céu, onde se acham armazenados os ilimitados recursos da Onipotência”. Os seres humanos podem desconhecer esse fato ou até mesmo achar que seja apenas uma superstição; mas incontáveis pessoas que precisaram e lançaram mão desse recurso fabuloso têm histórias incríveis para contar. E você, tem alguma história assim para contar também?
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